A definição jornalística documental da Guerra da Argélia certamente teorizada por Roland Barthes mostra que a relevância e profundidade do papel é importante para informar o usuário da mídia. Desdobrando ou apropriando-se do conteúdo segundo Martin Heidegger ou simplesmente associando a formatação previamente exposta, a ideia de coleção, valor tecnológico metódico e documentação esclarece o convidado à exposição a refletir com mais profundidade a obra de arte, o quadro imagético. Um passo a frente e os QRCodes transmidiáticos leva o observador do quadro para a cinematic online.
A Trilogia Rua do Medo – 1994, 1978, 1666 – é completa. Bebe da água dos filmes de terror Slasher ao Gore. A estória narra a jornada de Sarah Fier que carrega o fardo de ser A Bruxa e peça central do conto. A fotografia é extremamente criativa, para cada época uma luz. 1994 carrega tons pós-modernos. 1978 tem luz mais naturalista e 1666 é determinada por iluminação preciosa, o chiaroscuro em composições barrocas carregam o longa. Todo mexido e tenso, o ângulo holandês faz presença com facilidade. Referencias como Pânico, Sexta-Feira 13, A Morte do Demônio e O Iluminado estão presentes, até Stranger Things parece dar o ar da graça. Rua do Medo tem narrativa atemporal, mas de simples entendimento. É trilogia gostosa de ver. A produção é da NETFLIX. Valeu a pena! Acompanha facilmente refrigerante e pipoca.
Filme bom! O que eu fiz para merecer isto? conta a estória de Glória, empregada domiciliar, viciada em anfetamina, mora com seu marido taxista, dois filhos e mãe em um pequeno apartamento em grande conjunto habitacional na periferia de alguma cidade espanhola. A narrativa é realista, inserido no cotidiano da classe média baixa, deixar claro que a família tem uma vizinha prostituta e irreverente também é relevante para o discurso. A fotografia e iluminação é contrastante, muito verificável nas películas de Almodóvar, as cores quentes estão presentes assim como as frias, todas saturadas. Filme que retrata o dia a dia da periferia espanhola. Drogas, prostituição e proximidade com a morte é revelado de forma descontraída. Filme gostoso de ver, tem boa estrutura, o final é dramático.
Filmão! Estória gostosa. Fala sobre um grupo de freiras excêntricas que trazem para seu lar uma prostituta cantora. A narrativa é ótima e criativa. Tem o calor latino e muita piada suja. A paleta de cores é ampla, tem dos tradicionais tons quentes de Pedro Almodóvar, ou seja, dos lábios vermelhos aos papeis de paredes e muita metalinguagem. A fotografia é criativa e relevante, tem bons espaços para utilização de filtros surreais. Dentre ácidos, cocaína e heroína o longa é uma crítica social. Conta que a sociedade é viciada, que quer viver, que ele morreu por nós pecadores, não pelos santos. Conta que a sociedade se desenrola de forma anárquica, mas que a fé está sempre do lado da sociedade. Não é a primeira vez que observo na arte a utilização da crença cristã para criticar a sociedade, dentre tantos, Luis Buñuel e o pintor Clovis Trouille. Enfim! Filme gostoso de ver, é excêntrico e muito inteligente.
Capitão América – Guerra Civil reúne novamente os Vingadores, mas tem dois poréns. O filme começa em 1991 quando o Soldado Invernal assalta um carro, roubando 5 soros. Já nos tempo atuais, em Lagos, Nigéria, os Vingadores tentam impedir um atentado a mando do Barão Zemo. Depois dos eventos, em reunião, Thunderbolt Ross, Secretário de Defesa dos EUA quer transformar a ” empresa ” privada Vingadores em item político, público. Alguns Vingadores topam, outros não, assim se dá o início do conflito e divisão. Logo depois em Viena em reunião para tratar do assunto, o local sofre atentado, apenas Viúva Negra estava presente dentre os Vingadores, mas escapa. O Pai do Pantera Negra e Rei de Wakanda morre. O segundo problema surge, acham que o mando do atentado é do Soldado Invernal. Uma grande perseguição começa ao Soldado Invernal. Os comandados por Capitão América sabem que não é ele e os comandados por Homem de Ferro não sabem. Pois bem! Unindo o problema de Ross com o do Soldado Invernal uma grande batalha entre os Vingadores acontece. Basicamente os comandados por Capitão América são presos, menos o líder. Barão Zemo, através do caderno de anotações do Soldado Invernal volta ao QG da Hydra. Neste meio tempo Homem de Ferro descobre o verdadeiro vilão. Capitão América, Soldado Invernal e Homem de Ferro se encontram no QG. Sabe o assalto ao carro feito por Soldado Invernal em 1991, neste carro estavam a mãe e o pai de Tony Stark que foram mortos e foi neste QG que nosso herói ficou sabendo através de um vídeo reproduzido por Zemo. Homem de Ferro fica furioso, combate o Soldado Invernal, mas Capitão América o salva. Em breve e brutal batalha entre Homem de Ferro e Capitão América, Zemo assiste tudo do lado de fora, e ao tentar escapar se depara com o Pantera Negra, ele quase se suicida, Pantera não deixa e o vilão vai a júri. No final Bucky é congelado ( para tentar esquecer a lavagem cerebral que a Hydra fez ) em Wakanda. O filme se encerra com o Capitão América disposto a libertar os Vingadores presos. Nos créditos Homem Aranha aparece para dar continuidade a história. É importante ressaltar que o Aranha foi do time do Homem de Ferro no combate, o mesmo o procurou.
Dorival Cardeal. 